Não és a tua doença mas a doença é tua!
Um individuo diagnosticado com uma doença autoimune como a diabetes tipo 1 ou tipo 2 encontra muitos desafios na sua caminhada. o facto de ter que vigiar constantemente o nível de açúcar no sangue, as várias idas pelos serviços de saúde, os efeitos colaterais dos medicamentos e outras condições de saúde relacionadas podem levar a um aumento do risco de depressão.
Se não tratar a depressão pode resultar em escolhas de estilo de vida pobres que pioram a saúde física. Se tens diabetes é importante estar ciente do risco de desenvolver depressão. A relação entre diabetes tipo 2 e depressão é bidirecional, o que significa que cada um pode colocar uma pessoa em risco para o outro. Se uma pessoa tem depressão, ela corre um risco maior de levar um estilo de vida sedentário e de ingerir alimentos açucarados ou gorduras trans, que pode levar a diabetes tipo 2. Se os indivíduos já têm diabetes tipo 2, o facto de ter de controlar a doença e as carências relacionadas à mesma podem levar à depressão. Enquanto isso, as pessoas com diabetes tipo 1 – que não são causadas por dieta ou estilo de vida, mas um resultado de um pâncreas que não pode fabricar insulina – também podem ser incrivelmente difíceis de administrar, o que coloca em risco o desenvolvimento de sintomas depressivos. Quando começam a sentir os primeiros os sintomas depressivos, pode tornar-se cada vez mais difícil gerir a diabetes e pode levar a complicações físicas e a uma diminuição da esperança média de vida.
Fatores de Risco Associados ao Diabetes e Depressão
Existem muitos fatores ambientais que podem afetar o risco de desenvolver ambas as condições.
Estas podem incluir:
- Situações de pobreza
- Traumas da infância
- Ambientes sociais pouco estimulantes
- Menor atividade física
- Stress na gravidez
- Pesquisadores chegaram à conclusão que existem relação na toma antidepressivos, uma vez que estes podem contribuir indiretamente para a diabetes, converse com seu médico sobre os riscos de alterações de peso e efeitos hiperglicêmicos e hipoglicêmicos que podem colocá-lo em risco de desenvolver diabetes tipo 2. Eles também descobriram que pessoas com diabetes tipo 2 que usam insulina têm maior risco de desenvolver depressão em comparação com pessoas que tomam medicamentos não-insulínicos ou que apenas ajustam hábitos de dieta ou estilos de vida. Isso ocorre porque estas pessoas ao fazer a gestão da doença criam índices de stress muito elevados e têm de ir ao centro de saúde mais do que as pessoas sem doença.
Fale com o seu médico se tiver um histórico de depressão em sua família ou se achar que os desafios de administrar seu diabetes sejam cansativos. Opções de tratamento Intervenções comuns para a depressão incluem a terapia comportamental cognitiva, que ajuda as pessoas a corrigir padrões de pensamento prejudiciais e comportamentos que podem aumentar os sintomas depressivos, bem como intervenções como solução estruturada de problemas, entrevista motivacional e abordagens interpessoais e psicodinâmicas.
A medicação ajuda no alívio dos sintomas e na melhor gestão do stress.
As opções de tratamento para diabetes:
- acompanhamento médico padrão;
- programas comportamentais (psicoterapia)de autogerenciamento que ajudam as pessoas a aumentar os hábitos saudáveis e melhorar o controle sobre o açúcar no sangue.
- Tanto o diabetes quanto a depressão podem melhorar com foco nas mudanças no estilo de vida, como melhorar a dieta e fazer exercícios com regularidade.
- Seria proveitoso que todos os intervenientes de saúde trabalhassem em equipe multidisciplinar de modo a encontrarem soluções imediatas, num curto espaço de tempo indo de encontro às necessidades de cada doente como ser individual inserido numa sociedade.
- Se não sabes ao certo por onde começar, conversa com o teu médico sobre os problemas de saúde física e psiquiátrica da tua família, além das tuas próprias preocupações.
- Psicoeducação será uma boa alternativa para compreender e lidar melhor com a doença. Não és a tua doença mas a doença é tu! Cuida-te!