A arte da vitimização – Como Reconhecer um Vitimista Doutorado
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Por alguma vez na vida por infinitos segundos lhe passou pela cabeça uma vontade de matar alguém? Imaginou em detalhes como ia fazer isso? Chegou a pesar os prós e contras e, obviamente, percebeu que não fazia sentido. É normal, que a ideia tenha saído da sua cabeça e que tenha pedido a Deus ou a todos os Santos, ou seja lá para quem for, para rapidamente lhe desviar essas ideias da mente, porque não é assassino(a) e muito menos tem vontade de matar alguém, que foi um pensamento estúpido e que jamais o faria, que ia contra tudo e todos os valores morais e que isso não se faz e a ideia o arrepio(a). Correto? Claro que sim! Chegou a temer e a questionar-se porquê de tal monstruosidade e até a culpabilizar-se por tal pensamento. Acredito que se achou horrível por momentos e a ter medo de si. Acredito que tenha reparado nas suas mãos e de como elas seriam capazes de tal ato atroz. Acredito que se olhou no espelho e se chamou de todos os nomes. Acredito que tentou afastar-se de todos os utensílios cortantes por um tempo e da pessoa que desejaria inconscientemente “mal”. Sei que sentiu-se mal enquanto essa ideia o(a) persegui. Sei que se isolou até perceber o porquê de tais pensamentos ilógicos e sem moral.
Mas saiba que não está sozinha e que pelo menos uma vez na vida a maioria já teve um pensamento desses e é normal na espécie humana este tipo de devaneio sem qualquer tipo de intenção na passagem ao ato.
Nas minhas consultas muitos são os doentes que expressam suas emoções e medos de tais ideias perturbantes que depressa recuperam.
Se está nesta agonia procure um profissional de saúde que depressa resolverá o seu assunto. Aconselho um profissional experiente.
Num estudo realizado sobre fantasias homicidas, 91% dos homens e 84% das mulheres admitiram já ter pensado (em minúcias) como se livrar de outra pessoa. A esmagadora maioria dos 5 mil entrevistados (entre os quais 375 assassinos) confessaram esse fato. David Buss, chefe do Departamento de Psicologia Evolutiva da Universidade do Texas, concluiu que o instinto assassino é inerente a todos os seres humanos – resultado da seleção natural. Além das conversas ao vivo, a equipe ainda fez uma inédita análise de 429729 relatórios do FBI, a polícia federal americana, e transformou os resultados no livro The Murderer Next Door (“O Assassino Mora ao Lado”).
Apenas os psicopatas, uma pequena minoria, representa 1% da população mundial, admite o homicídio como uma prática socialmente aceite. Mas segundo Buss, são os genes que nos impedem de cometer tal crime. Os nossos ancestrais para sobreviverem e reproduzirem tinham essa capacidade de matar mais apurada. E isto garantiu-lhe a continuidade dos seus genes e da sua árvore geneológico, deixando os seus descendentes.
Nesse estudo revelou-se que os homens matam mais que as mulheres, por motivos de reputação, numa proporção que chega a 9 para 1 em algumas sociedades.
Mas não estamos na pré-história em que a lei da sobrevivência não justifica matar pela Lei da Seleção natural. Atualmente, ninguém tem uma vida para viver dignamente numa sociedade penal. Ninguém tem o direito a tirar a vida a ninguém. As pessoas que matam são invadidas por um surto psicótico ou raiva desmedida ou são psicopatas com planos mirabolantes altamente estruturadas e que lhes dão prazer, certamente por estudos já existentes que nos revelam que estes indivíduos têm handicaps na estrutura cerebral, com deficit de empatia e alexitimia. (ver artigo-psicopatia).
Mas não querendo me desviar do tema, todos nós temos um instinto assassino. Todos nós estamos programados para matar: Se é assim então porque só uma ínfima minoria toma a decisão de fazê-lo? Segundo o resultado do estudo de Buss, o assassinato é apenas uma de várias estratégias num cardápio de soluções possíveis para problemas de adaptação.
Pelo que observo nos meus pacientes que procuram ajuda, salvaguardando algumas exceções, é porque a maioria é recheada de bons valores morais e muitos referem que preferiam morrer do que matar alguém. Apenas são ideias que se metem na cabeça das pessoas sem motivo nem porquê.
Enquanto outras, em menor escala, referem para além destas, por valores religiosos, por dificuldade em controlar a agressividade e raiva contida e partem rapidamente para a agressividade (imediatamente se arrependem), e pelas penas pesadas que este ato acarreta.
Realmente matar não eleva o “status” de ninguém. Apesar do psicopatas sentirem prazer em ser estrelas por um dia e verem todo o aparato gerado pelos média à procura de quem matou X e todo o cenário em volta do suspense criado por ele próprio. Ele que se sente o herói. Foi a única forma de lhe darem atenção. É triste esta forma de ser…
Se tem estas ideias não tenha vergonha de as dizer. Mas não as diga a toda a gente, Aliás tenha cuidado para quem diz, mesmo para profissionais de saúde apenas para quem tem entendimento na área. Pode marcar a sua consulta: natachaseixaspsi@gmail.com
By Natacha Seixas
1 Comment
Todos nós já tivemos estes pensamentos honestamente já os tive face a situações traumáticas e de elevada carga de stress mas recorri à minha fé em Deus para afastar estes pensamentos é só esfriarmos a cabeça e perceber que não faz sentido nenhum e de cabeça quente não se resolve nada ao reagirmos com violência nos nossos pensamentos estaremos a dar mais importância do que essa pessoa merece.
Agora posso dizer que não me aconteceu mais pois amadureci e aprendi a lição, dou com estes sentimentos escrevendo ou até cantando e buscando dentro de nós as nossas próprias formas de nos defendemos perante as adversidades da vida