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Novembro 13, 2018Sabemos que a doença de Alzheimer ataca preferencialmente pacientes idosos com mais de 65 anos, mas suas causas ainda são desconhecidas. Atualmente, supõe-se que exista uma associação entre propensão genética e exposição a fatores ambientais ainda não reconhecidos.
O QUE É A DOENÇA DE ALZHEIMER?
A doença de Alzheimer é uma doença de evolução lenta e progressiva, que leva individuo a perder as suas habilidades de raciocínio, julgamento e memória, tornando-as dependentes de apoio em suas atividades diárias. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, sendo responsável por mais de 60% dos casos.
Na doença de Alzheimer, os neurônios e suas conexões degeneram e morrem, causando atrofia cerebral e deterioração global da função mental.
Embora já tenhamos reconhecido vários fatores de risco, a causa exata da doença de Alzheimer é ainda um mistério. Acredita-se que a acumulação de uma proteína nos neurônios chamada beta-amilóide e outra chamada tau é um dos fatores responsáveis pelo desencadeamento da doença, mas por que isso substâncias se acumulam em algumas pessoas e não outras, ainda há muito trabalho a ser feito na área da medicina para desmistificar este segredo.
Como não há cura para a doença de Alzheimer, o diagnóstico precoce é importante para preservar as capacidades intelectuais e ampliar a qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores.
FATORES DE RISCO PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER
A idade de risco, a partir dos 60 anos, é o que mais contrinui para a doença de Alzheimer. Depois de 65 anos, a possibilidade de desenvolver Alzheimer dobra a cada cinco anos, fazendo com que 40% das pessoas com mais de 85 anos de idade tenham a doença. Raramente, a doença de Alzheimer ocorre antes dos 60 anos de idade.
Aos 90 anos, se o indivíduo ainda não desenvolveu Alzheimer é cada vez menos provável que possa desenvolver a partir desta idade.
O historial familiar também tem o seu contributo no grau de risco de Alzheimer. Parentes de primeiro grau com Alzheimer têm um risco maior.
A doença de Alzheimer é duas vezes mais comum na raça negra e nas mulheres.
Outros fatores de risco que podem também contribuir para desenvolver a doença de Alzheimer, incluiem:
- Estilo de vida sedentário
- Fumar
- Hipertensão
- Colesterol alto .
- Diabetes mellitus
- Depressão após os 50 anos de idade.
Portanto, alguns fatores relacionados à estimulação cerebral parecem reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, como:
- Alto nível de educação
- Obras que são intelectualmente estimulantes.
- Leitura frequente
- Tocar instrumentos musicais.
- Interação social frequente.
- exercícios de palavras cruzadas.
SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Os sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases:
Estágio numa fase inicial: O estágio inicial raramente é percebido. Os parentes e amigos e, às vezes, os profissionais de saúde encaram isso como “velhice”, apenas uma fase normal do processo do envelhecimento. Não se sabe ao certo quando se dá o inicio da doença porque é gradual. A pessoa pode:
- Apresentar problemas de linguagem)
- Ter perda significativa de memória imediata– particularmente das coisas que acabam de acontecer
- Não saber a hora ou o dia da semana
- Ficar perdida em locais familiares
- Ter dificuldade na tomada de decisões
- Ficar inativa ou desmotivada
- Apresentar mudança de humor, depressão ou ansiedade
- Reagir com raiva incomum ou agressivamente em determinadas ocasiões
- Apresentar perda de interesse por hobbies e outras atividades.
Estágio intermediário: Com a progressão da doença, é notório o agravamento do quadro clínico. As limitações em realizar as atividades do dia-a-dia são claramente mais notórias:
- perda de memória mais patente, especialmente com eventos recentes e nomes das pessoas
- Torna-se passivo-dependente, apresenta problemas para viver sozinha
- É incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras
- Necessita de ajuda para a higiene pessoal, isto é, lavar-se e vestir-se
- A dificuldade com a fala avança
- Apresenta problemas como perder-se e de ordem de comportamento, tais como repetição de perguntas, gritar, agarrar-se e distúrbios de sono
- Perde-se tanto em casa como fora de casa
- Pode ter alucinações (vendo ou ouvindo coisas que não existem).
Estágio avançado: O estágio avançado é o mais próximo da total dependência e da inatividade. Distúrbios de memória são muito sérios e o lado físico da doença torna-se mais óbvio. A pessoa pode:
- Apresentar dificuldades para comer
- Ficar incapacitada para comunicar-se
- Não reconhecer parentes, amigos e objetos familiares
- Ter dificuldade de entender o que acontece ao seu redor
- É incapaz de encontrar o seu caminho de volta para a casa
- Ter dificuldade para caminhar
- Ter dificuldade na deglutição
- Ter incontinência urinária e fecal
- Manifestar comportamento inapropriado em público
- Ficar confinada a uma cadeira de rodas ou cama.
QUESTÕES FREQUENTES
1) Por que interditar a pessoa portadora da doença de Alzheimer?
Um dos grandes E GRAVES problemas causados pela doença de Alzheimer é a redução da capacidade de discernimento, noção do espaço-temporal, isto é, o doente não consegue entender a consequência dos seus atos, não manifesta a sua vontade, não desenvolve raciocínio lógico por causa dos lapsos de memória e perde a capacidade de comunicação, impossibilitando que as pessoas o compreendam. Não tem noção de onde está nem de quem é, não reconhece mais a sua identidade nem a dos outros. Por isso, a lei o considera civilmente incapaz.
A interdição serve como medida de proteção para preservar o paciente de Alzheimer de determinados riscos.
PROGNÓSTICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
A doença de Alzheimer é uma doença que avança inexoravelmente. Há casos de doença de Alzheimer com mais de 10 anos e casos de pacientes com rápida evolução em apenas dois ou três anos. Muitas vezes é difícil estabelecer retrospectivamente uma data para o início dos sintomas, o que atrapalha no momento de avaliar o tempo de progressão da doença. No entanto, sabe-se que, uma vez estabelecido o diagnóstico da doença de Alzheimer, a expectativa de vida do paciente é geralmente de três a oito anos.
O que leva o paciente à morte não é uma doença em si, mas sim as suas complicações, como acidentes e quedas com lesões na cabeça, dificuldade para engolir, que causa aspiração pulmonar e desnutrição e restrição à cama , que favorece o aparecimento de infecções e úlceras de decúbito. Pneumonia e infecção do trato urinário são geralmente os principais tipos de infecção do paciente com a doença de Alzheimer.
Quanto maior o cuidado prestado pela família, muitas vezes com o auxílio de enfermagem e fisioterapia, maior a qualidade e tempo de sobrevida desses pacientes.
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
O diagnóstico definitivo da doença de Alzheimer é feito com biópsia do tecido cerebral, o que, por razões óbvias, raramente é feito na prática clínica. Em mais de 90% dos casos, o diagnóstico é baseado em dados clínicos; Ainda não é possível que uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada do crânio clarifique o diagnóstico.
Há testes de rastreio simples para prevenir o Alzheimer: O mais famoso e usado é o mini-mental, que é um questionário onde as características essenciais que são avaliadas são: orientação no tempo e no espaço, capacidade de atenção, concentração e memória, capacidade de linguagem e capacidade de seguir instruções básicas.
Critérios para o diagnóstico clínico da doença de Alzheimer são:
– Demência atestada por exame clínico e por testes padronizados, como mini-mental.
– Déficit em duas ou mais áreas cognitivas (memória, linguagem, raciocínio, concentração, julgamento, pensamento, etc.).
– Agravamento progressivo dos défices cognitivos.
– Comece depois dos 40 anos e antes dos anos 90.
– Ausência de qualquer outra doença neurológica ou sistêmica que cause déficits cognitivos.
TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
1) Atenção Básica
É muito importante que a família tenha a consciência do portador de Alzheimer e manter todos os cuidados redobrados de segurança. O que é trivial para a maioria das pessoas pode ser fatal para estes doentes ao realizar as atividades diárias. Estes doentes têm a sua área mental afetada daí tais funções como conduzir, cozinhar, andar sozinho na rua ou ir para o centro comercial sozinho pode tornar-se numa aventura muito perigosa.
As quedas são muito comuns, de modo que a casa deve ser preparada de forma a não criar “armadilhas” para o paciente, como degraus no piso chão irregulares, piso escorregadio, muitos móveis a tapar a circulação, etc.
Cigarros e álcool devem ser evitados. Recomenda-se atividade física supervisionada.
2) Remédios para a doença de Alzheimer
Embora o conhecimento sobre a doença de Alzheimer esteja a evoluir na classe médica, atualmente não há cura para a doença.
Há já um novo medicamento a ser testado que revela já alguma eficácia.
Natacha Seixas