Não percas a tua essência
Setembro 1, 20185 passos para te ajudares a ti mesmo quando te sentires deprimido
Setembro 16, 2018Eu sou psicóloga clínica e fico indignada com o que leio. Só acrescento que cada caso é um caso, e ninguém tem o direito de apontar o dedo a ninguém. Ja vi comentários de pessoas a dizerem que esta mulher que foi brutalmente assassinada foi culpada pela Má educação que deu. Para já vamos lá entender. Há personalidades que nascem, vivem e morrem com um handicap a nível cerebral que não lhes permite sentirem empatia, ou seja, não conseguem se colocar no lugar do outro, alexitimia, não sentem e são os mais temidos da sociedade… Não depende da educação, religião, etnia, status social, etc… E há os chamados surtos psicóticos que não foi o caso porque foi premeditado. Para refletir… A mãe certamente deu a, melhor educação que conseguiu e se adoptou aos 9 anos é de louvar a sua atitude quando uma personalidade já está formada e a sua educação pouco influenciou para o ato.
No vídeo já se verifica os indícios de nervosismo e mentira, discurso feito, lábios tremulos, não consegue manter o olhar fixo, nota-se comprometimento e sem dúvida uma grande frieza. E enquanto não se investir na Saúde Mental, cada vez mais serão os casos de crime em Portugal. Por condutas disruptivas, por suicídio, por homicídio, por fascínio…
Ver Artigo “O Cérebro de um Psicopata”.
https://www.youtube.com/watch?v=rexdDeiCfuY
As pessoas que matam, especialmente os Psicopatas, à luz do modelo relacional-dialógico, um psicopata tem o seu Eu-Físico, o seu Eu-Psicológico mais o Eu-Físico do Outro mas falta-lhe conseguir ver o Eu-Psicológico do outro. E aqui está a grande questão eles ao matar sentem prazer, e porquê? Movidos pelo trauma e muitas vezes associados a uma experiência paternal na infância, que por sua vez, foi movida pela transferência para outra pessoa, essa pessoa normalmente se torna próxima da vitima. Quando o dá por consumado o seu plano macabro ele sente um prazer enorme e durante/ pós o ato ele não consegue ter qualquer tipo de ressentimentos, pelo fato de falta de existência “de não conseguir ver” que existe na outra pessoa um Eu Psicológico que é fonte de dor, de emoções, de sentimentos. Ou seja, ele espetar uma faca dezenas de vezes ou queimar a pessoa e ouvi-la gritar não faz qualquer diferença nas suas emoções porque ele simplesmente não tem essa capacidade de empatia e é altamente egocêntrico, maquiavélico, bem-sucedido aos olhos da sociedade. Há muitos psicopatas por aí mas nem todos passam à açao e nem todos pretendem matar. E um dado curioso é que eles sentem um enorme prazer por serem bem sucedidos após cumprirem o seu plano monstruoso com sucesso e ficarem assistir a todo o aparato na Tv sobre toda a especulação que se gera em torno da própria situação que ele próprio criou. Portanto, ele se acha importante e sente-se orgulhoso. O pior é quando ele é apanhado aí ele vai abaixo e comporta-se como uma criança mas nunca mostra arrependimento pelo que fez.
O que moveu o crime
“No último mês, Diana e o marido Iuri andaram a ‘acalmar’ Amélia Fialho. A professora ameaçara deserdar a filha adotiva após anos de mau relacionamento e, principalmente, quando, em julho, ela se casou com o homem que Amélia reprovava. O casal regressara há 20 dias à casa da mulher e portou-se bem com segundas intenções: manter a herança do património de Amélia. Objetivo alcançado, e num acesso de raiva após uma discussão na sexta-feira, sábado drogaram e mataram a mulher de 59 anos. Tentaram o ‘crime perfeito’. Mas filha e genro foram detidos pela PJ de Setúbal e estão em preventiva.
Diana, de 23 anos, estudante universitária de Matemática Aplicada, adotada por Amélia aos 5, preparou o crime ao pormenor, inspirada nas séries policiais. Pesquisou na internet onde largar o corpo e traçou o plano, com ascendente sobre o marido Iuri Mata, 27 anos, formado em Contabilidade e Gestão. Sábado, ao jantar, desfizeram medicamentos que havia em casa para uma garrafa que só Amélia bebia, numa dieta especial. A vítima, drogada, disse que se sentia tonta e foi para o quarto, onde filha e genro a mataram com golpes de martelo na cabeça. Enrolaram o corpo numa manta e, na madrugada, arrastaram-no escadas abaixo do duplex, para o elevador, garagem e mala do carro. A viatura (da vítima) foi parada junto a uma bomba de gasolina (com o corpo na bagageira) e o casal foi até lá a pé, como se não se conhecesse. Ele comprou gasolina e ela um isqueiro, tentando enganar a videovigilância. Seguiram para uma zona de mato em Pegões, onde regaram o corpo com a gasolina e o incendiaram. Pegaram no outro carro da vítima, sem Via Verde para não deixar registo, e foram deitar ao Tejo o martelo e o telemóvel de Amélia, da ponte Vasco da Gama. Compraram produtos de limpeza e tentaram limpar os vestígios na casa e viatura – falharam porque a PJ encontrou sangue nos locais. Ao notarem que se tinham esquecido de atirar ao rio os óculos de Amélia, esmagaram-nos e deitaram-nos ao lixo. Lavaram as roupas usadas, mas esqueceram-se de limpar dos ténis a terra do campo onde estava o corpo.
Depois deram à PSP e nas redes sociais o alerta do desaparecimento. Diana queixou-se até da lentidão das autoridades. Sobre o histórico de desentendimentos com a mãe (várias vezes envolvendo polícia), disse que estava ultrapassado. Deu mesmo uma longa entrevista ao CM (em baixo), fingindo não saber o que acontecera à mãe. ” Cmjornal, 2018.
Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/filha-de-professora-mata-mae-por-raiva-e-pela-heranca?v=cb
Natacha Seixas