Quais são os primeiros sintomas da Perturbação Bipolar?
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O que para o nosso senso-comum é normal, sentir horror, medo, nojo, raiva, zanga e até dificuldades em perceber como alguém pode desmembrar outra, para o agressor é sentido de uma forma totalmente diferente. Eu diria, que certamente não sentirá ansiedade, horror ou culpa ao realizar esses atos. São pessoas narcisistas, muito egocêntricas e sem empatia. Estes atos pretendem transmitir sempre uma mensagem e como resultado sentem prazer em ver o impato que eles próprios criaram à volta dos seus atos. Querem sentir coisas novas ao fazer algo incomum e mórbido. É uma procura de atenção e de novas sensações, grandiosidade e narcisismo. É provável, que em algum momento de suas vidas já tenham fantasiado sobre como seria deixar partes de corpo num cenário e em outro e o impato que isso teria.
Normalmente, escolhem ofensores com baixa auto-estima, submissos e com ou sem patologias mentais (ansiedade, bipolaridade, depressão), para fácil manipulação dos seus comportamentos e atitudes.
O agressor vai dando sinais. Começa por querer controlar o que a vitima na forma de vestir, o que faz e com quem sai. Limita essas saídas. Tende a afastá-la dos amigos e família. Controla mensagens nas redes sociais e no seu telemóvel. Numa fase mais avençada começa com perseguições e posteriormente ameaças.
Um agressor certamente terá uma perturbação mental e quando escolhe uma faca como elemento para consumar o ato, é algo pequeno que pode facilmente esconder e cortante com capacidade para atingir o seu objetivo final. Por incrível que pareça estes indivíduos sentem prazer em matar.
O desmembramento é um meio de tortura, uma mensagem que querem passar. E quando deixam o corpo num determinado local é preciso que a equipa forense desmistifique essa mensagem a ser passada. O assassino por vezes entra num jogo maquiavélico e deixa partes do corpo espalhadas ou omitidas, no intuito, talvez de dificultar a identificação da vítima.
O desmembramento das vítimas pode ter como causa, um conflito, uma vitimização sexual na infância, um castigo, o livrar-se de alguém, como forma de ameaça.
Segundo, um estudo forense, realizado por Helinã Hãkkãnen- Nyholm, Eila Repo-Tiihonen e colegas descobriram que este tipo de assassinos eram quase duas vezes mais propensos a serem violentos na escola do que outros tipos de assassinos. É urgente, uma psicoeducão e medidas de prevenção de comportamentos disruptivos nas escolas e em casa.
Natacha Seixas